sexta-feira, 3 de julho de 2009

Posse


Vem cá! Assim, verticalmente!
Achega-te... Docemente...
Vou olhar-te... E, no teu olhar, colher
Promessas do que quero prometer,
Até à síncope do amor na alma!
Colemos as mãos, palma a palma!
A minha boca na tua, sem beijo...
Desejo-te, até o desejo
Se queixar que dói...

E sou tua, assim, como nenhuma foi!

- Leonor de Almeida -

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